domingo, 28 de fevereiro de 2016

Aniversário da morte do Primeiro-ministro sueco

Antes de começar a viver o assunto Suécia eu não fazia ideia que o primeiro-ministro sueco tinha sido assassinado no meio de uma rua em Estocolmo. Esse é o tipo de manchete que choca a perfeita Suécia, que as vezes não é tão perfeita assim como podemos ver!

Estou aproveitando que hoje é aniversário da morte do primeiro-ministro para contar um pouco sobre esse fato, que não sei se é de conhecimento de todos. Para quem está na Suécia deve ter acompanhado alguma noticia ou documentário sobre o assunto, dado que a TV e os jornais só falaram sobre isso nesta ultima semana.

Sven Olof Joachim Palme fazia parte do partido Social-Democrata e exerceu a função de primeiro-ministro em dois períodos entre 1969 1976 e depois 1982 / 1986.

Ele foi assassinado em 28/02/1986 com um tiro na costas na rua Tunnelgatan, no centro de Estocolmo enquanto voltava caminhando do cinema e o assassino nunca foi identificado. Vale reforçar que políticos levam uma vida comum na Suécia sem grandes regalias, sempre escuto história de pessoas que encontraram políticos no supermercado ou em loja, sem seguranças para proteger ou qualquer coisa parecida, deixo um link complementar.

Eu aprendi bastante sobre essa história assistindo o filme sobre Palme, mais detalhes sobre o filme neste post, deixo esse outro link com informações adicionais,

Além de Palme, Anna Lindh do mesmo partido Social-Democrata foi assassinada em um luxuoso Shopping em Estocolmo na data de 11/09/2003, porém neste caso o assassino foi preso. Mijailo Mijailović sofria de problemas psicológicos (alguns dizem que ele era alcoólatra) e ele alegou que somente reconheceu a ministra do exterior e por isso decidiu assassina-la.

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domingo, 21 de fevereiro de 2016

Não é terça-feira de carnaval é Fettisdagen!!!

Enquanto que no Brasil aproveitamos o ultimo dia que antecede o período de "Quaresma" para celebrar, dançar e beber no melhor que o Carnaval pode oferecer, aqui nos países nórdicos eles aproveitam esse dia para se despedirem das guloseimas com o famoso Fettisdagen.

A minha sogra (no melhor estilo ela adora contar sobre as coisas e eu adoro perguntar) me explicou um pouquinho sobre essa história, a tradição começou a mais de 500 anos atrás, onde as pessoas se despediam das guloseimas antes de entrar no período de quaresma, onde faziam jejum das deliciosas comidas gordas. Esse dia foi denominado como Fettisdagen, onde a tradução é terça-feira gorda.

E aí somos surpreendidos novamente, uma tradição católica que se mantem até hoje, não que as pessoas se preparem para o jejum, mas na "terça-feira de carnaval" é comum celebrar o  Fettisdagen comendo Semla.

Normalmente esse pão doce, que para mim lembra um pouco o nosso Sonho brasileiro, é vendido no mês de fevereiro, em grandes cidades com o volume maior de turista é possível encontrar o ano todo.

Esse é o meu segundo Fettisdagen na Suécia e esse ano pude degustar Semla com nutella e Semla com massa folhada, mas soube que existem outras variações do pão doce.

Aqui alguns links com mais informações:
http://umacaipiranasuecia.com/2013/02/13/fettisdagen-e-alimentacao/

https://mundodamari.wordpress.com/2011/02/19/semla/

http://diariodeumateimosa.com/2013/02/05/semla-fazendo-o-seu-dia-mais-gordinho/

E aqui o meu registro de hoje celebrando Fettisdagen na melhor companhia: semla e chocolate quente com creme!


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sábado, 20 de fevereiro de 2016

Mostra de Filmes Suecos na Cinemateca em SP: Indicações

O ano passado tive a oportunidade assistir alguns filmes suecos na mostra de cinema organizada pela Cinemateca em São Paulo em parceria com a Embaixada Sueca.

Primeiramente queria dizer que fiquei encantada com a Cinemateca, o lugar é lindo e super tranquilo, tem uma cafeteria ótima, um  público bem diferenciado e ótimos funcionários (super atenciosos). Não sei sobre todos os eventos, mas recomendo para quem estiver em Sampa, link do site.

Sobre a amostra de filme sueco, fiquei sabendo através da página da Embaixada Sueca no Facebook. Como não conhecia muito sobre os filmes, tentei me programar para assistir todos durante as duas semanas de evento. Vale reforçar que o evento era totalmente gratuito, todos os filmes possuíam legenda em português e eram exibidos três filmes por dia.

Teve um dia que assisti três filmes em um único dia!!!

Eu sei que esse evento acontece com frequência, eu acompanhei a amostra de Junho/2015, mas vi nova divulgação em novembro/2015.

Abaixo estão os filmes que assisti com o nome em inglês e o resumo, no geral gostei muito e acho que todos demonstram um pouco sobre a cultura e dia-a-dia na Suécia. Como já havia destacado no Snapchat gostei muito do The last sentence que conta um pouco sobre a posição da Suécia durante a Segunda Guerra Mundial, outro que recomendo é o Palme que conta a história do primeiro-ministro assassinado nas ruas de Estocolmo, alias já conheci o lugar onde ele foi assassinado, atualmente é ponto turístico em Estocolmo, mas o que achei legal desse filme é que ele explica bem sobre o desenvolvimento político/ econômico da Suécia.

Behind blue skies, de Hannes Holm
Suécia, 2010
Martin foge de seu pai alcoólatra ao encontrar um trabalho temporário no Royal Yatch Club na costa sueca em 1975. Ele se apaixona pela primeira vez e começa a ser protegido por Gösta, playboy da alta sociedade. Inevitavelmente Martin acaba se envolvendo em um dos maiores crimes da história do país.

Hotell, de Lisa Langseth
Suécia, 2013
Erika tinha a vida perfeita: um bom emprego, muitos amigos e um relacionamento seguro. De repente sua vida perfeita passa a não ter mais nenhum significado e ela sente não ter mais o controle de nada. Ela passa a frequentar um grupo de terapia, onde entra em contato com pessoas com diferentes problemas. Um dia surge uma questão no grupo: Por que não deveríamos ter permissão para nos sentir bem? O grupo decide ir a um lugar novo onde cada um possa recomeçar uma nova vida da forma que eles quiserem. O primeiro passo é dar checking em hotéis.

The last sentence, de Jan Troell
Suécia, 2012
Torgny Segerstedt foi uns principais jornalistas na Suécia do século XX. Ele travou uma batalha contra o regime nazista até sua morte em 1945, durante esse tempo sua vida privada foi marcada pelo caos.

Palme, de Maud Nycander e Kristina Lindström
Suécia, 2012
Documentário sobre a trajetória do primeiro-ministro sueco Olof Palme, assassinado a tiros nas ruas de Estocolmo em fevereiro de 1986. Um homem que mudou a história de seu pais.

Shed no tears, de Måns Mårlind e Björn Stein
Suécia, 2013
Na cidade de Gothenburg na costa oeste da Suécia, Pål sonha com em fazer sucesso com a sua música. Mas ele tem um grande obstáculo pela frente: ele mesmo. Seguiremos Pål durante sua densa jornada através de suas dificuldades e amizades, até receber o chamado.
classificação indicativa: 14 anos

Trespassing Bergman, de Jane Magnusson e Hynek Pallas
Suécia, 2014
A isolada residência de Ingmar Bergman na ilha Farö, no mar Báltico, desfruta de um status mítico junto a muitos cineastas. Alguns a chamam de Meca, outros temem a longa e estreita casa próxima à praia Persona. Aqui, diretores e atores reconhecidos mundialmente, entre eles Woody Allen, Wes Anderson, Wes Craven, Claire Denis e Michael Haneke, perambulam pela ilha, visitam a casa de Bergman e versam sobre a relação de cada um com o genial diretor e com seus principais filmes.

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domingo, 14 de fevereiro de 2016

Välkommen till möte - Bem-vindo para a reunião!!!

E então recebemos mais uma carta!! Nossa fico impressionada com isso.. Já quero muito fazer um Projeto de Melhoria de Processo e reduzir custos com impressão, envelopamento e postagem, não entendo bem esse jeito sueco, mas tudo é enviado por correspondência... Pode ser por e-mail, please!!!

Bom voltando ao motivo desse post, quero compartilhar que finalmente recebi um convite para uma reunião do Colégio de Mora!!!

Amanhã terei mais novidades, mas espero enfim iniciar minhas aulas!!!


sábado, 6 de fevereiro de 2016

População indígena na Suécia??!!

Hoje é celebrado o Dia Nacional do povo Sami ou Lapões e aproveitando está data vou contar um pouco sobre essa população indígena européia.

A primeira vez que ouvi falar do povo Sami foi assistindo um programa sueco onde vi um rapaz cantando com roupas que lembrava os índios astecas, questionei o Chris e ele me contou um pouco sobre o fato de também ter índios na Europa.

Eles vivem mais ao norte em uma região chamada de Lapônia, mas essa população não vive somente na Sécia, eles também estão divididos entre Noruega, Finlândia e Rússia.

O povo Sami possui um idioma próprio chamado também de Sami, andam em trenós puxados por renas (e na Suécia são os únicos autorizados a reproduzirem esses animais) e no verão montam as tendas no melhor estilo indígena que conhecemos. essa população possui seu próprio estilo de vida e costumes que vão passando para todas as gerações.

A população mais jovem já frequenta escolas e universidades e convivem com os demais suecos por todo o país.

Aqui um link explicando mais detalhes.



quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Parte II: Arbetsförmedlingen sempre pronto para ajudar!!!

E eu realmente recebi uma carta na minha casa confirmando o meu agendamento no Arbetsförmedlingen, ainda não me acostumei com esse negócio de envio de carta, sempre acho que é força de expressão e que vou receber tudo por e-mail,  mas não aqui na Suécia tudo vem por carta mesmo!!! E tenho a sensação que todos os dias recebo correspondência em casa, porque sempre tem alguma coisa chegando!!!

Carta de agendamento
A segunda visita foi bem legal, durante a primeira hora tínhamos uma interprete que participou por telefone, o nome dela era Ana e falava português muito bem, ela me contou que viveu no Brasil por muitos anos. Na primeira visita eu falei que poderia ser em inglês, mas eles insistiram que ter a tradutora e falar a língua materna seria melhor para mim e realmente foi muito positivo.

O nome do meu "coach" é Håkan, alias mais um sueco muito simpático, conversamos bastante e ele me contou que trabalhava na área de TI - Infraestrutura e morava em Estocolmo, mas que ele cansou e resolveu mudar para a Mora e viver em uma vila que tem 10 casas ao redor, com o valor do apartamento de Estocolmo ele comprou uma fazenda aqui. Ele brincou comigo que a minha mudança de São Paulo para Orsa foi muito maior do que a dele...

Voltando para os assuntos profissionais, ele me explicou que será sempre meu apoio e qualquer dúvida ou ajuda que eu precisar posso sempre contar com ele.

Sobre a universidade ele fez as cópias dos meus documentos para encaminhar para a tradução (alias já recebi os documentos traduzidos na minha casa, o prazo foi menor que duas semanas), depois da tradução ai era realmente encaminhar para uma universidade e aguardar próximos passos para validação, pode ser que eu precise fazer algumas aulas como por exemplo inglês, pois não tive classes de inglês na faculdade, agora estou neste etapa aguardando o retorno da universidade.

Ele me explicou um pouco como funciona o estudo aqui na Suécia, recentemente eles mudaram um pouco as regras e as pessoas ficam estudando por volta de 4 anos para concluir a graduação e o Master, achei bem legal e bem mais enxuto que o nosso modelo no Brasil que leva aproximadamente 6 anos... Ele explicou também que não preciso aguardar a validação do meu diploma para fazer o Master, eu posso aplicar usando esses meus documentos traduzidos e a universidade vai dizer se me aceita ou não, mas ele recomendou que eu não tentasse o Master agora, pois ele acha melhor entrar no mercado de trabalho primeiro e aprender o idioma antes de fazer um Master.

Ele contou que na Universidade de Falun tem algumas aulas para estrangeiros que já possuem graduação e que eu posso fazer algum curso especifico e gratuito se eu quiser. Falun é uma cidade dessa região onde vivo, mas não é tão próxima daqui, fica a aproximadamente 100 km (mas vamos combinar que 1h30 não é algo tão longe para uma paulista haha). Ainda não decidi sobre esse assunto, mas está na lista de opções.

Sobre o trabalho, ele informou que vai me ajudar com isso, pois acha muito importante que eu comece a trabalhar e entre na "bolha" das pessoas da minha área (ele usou essa expressão para me explicar que "networking" é muito importante por aqui) e me contou que as pessoas da mesma área promovem encontros como "happy hour" ou "fika" com muita frequência e que esses encontros são mais profissionais, mas não são chatos.

Um coisa positiva é que ele falou que a área de TI é uma das poucas áreas onde é possível trabalhar sem falar sueco, ele montou uma lista de empresas que acredita que poderiam me contratar somente falando em inglês, agora tenho exercício de sempre consultar os sites de carreira dessas empresas para buscar por vagas na minha área. Ele contou que esse é o segundo meio mais utilizado aqui depois do "networking".

Falamos um pouco sobre sindicatos, ele contou que isso é bem forte aqui na Suécia e por isso são respeitados os salários médios, você nunca será contratado por um valor menor que o piso da sua área, porém o sindicato de TI não é tão estruturado (novidade? pelo menos não é só no Brasil que o sindicato de TI não é tão organizado, né!), mas ele explicou que a área de TI sempre tem bons salários, então isso não é um grande problema.

Conversamos por quase duas horas, depois que a tradutora desligou nós continuamos em inglês, Ele me deu dicas sobre o que vestir, como me portar em entrevistas e no trabalho. Fiquei com a lição de casa de fazer uma carta de apresentação, pois esse é um quesito muito importante aqui, ele também solicitou que eu buscasse por uma carta de recomendação em um dos meus antigos trabalhos, mesmo que em português, pois ele pode encaminhar para a tradução.

Quando eu achava que não poderia amar mais o Arbetsförmedlingen, veio a notícia que me deixou chocada, caso eu tenha que fazer uma entrevista em outra cidade eles cobrem o valor da viagem (aproximadamente R$1.000,00) e não é no modelo reembolso, eles comparam a passagem do trem e reservam o hotel. Caso eu opte em ir de carro, ai sim é no modelo de reembolso.

Arbetsförmedlingen em Mora